terça-feira, 29 de maio de 2007

Deuses Egípcios

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Portugal: Bandeira Nacional


A bandeira nacional

A bandeira nacional, da autoria de Columbano, João Chagas e Abel Botelho, foi adoptada pelo regime revolucionário de 5 de Outubro de 1910. De acordo com o Decreto-lei de 19 de Junho de 1911, a bandeira tem as cores verde (dois quintos) e vermelha (três quintos), com o escudo de armas na linha divisória.”
Significado dos símbolos e cores:
*As 5 quinas simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques venceu na batalha de Ourique.
*Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique, Jesus Cristo crucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: “Com este sinal, vencerás!”. Contando as chagas e duplicando as chagas da quina do meio, perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído Cristo.
*Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.
*A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.
*O verde simboliza a esperança.
*O vermelho simboliza a coragem e o sangue dos Portugueses mortos em combate.

Antigo Egipto


O Enigma das Pirâmides

Os antigos egípcios eram um povo muito inteligente. Adoravam bodes, gatos e esfinges e inventavam pirâmides. Com muito sacrifício, construíram pirâmides gigantescas em pleno deserto.
No antigo Egipto quando uma pessoa morria, enterravam-na juntamente com as coisas que poderia precisar na próxima vida. Por exemplo, cadeiras, camas, instrumentos de música e esculturas das vacas e dos criados dele.
As paredes do túmulo eram decoradas com pinturas da vida da pessoa. Alguns desenhos mostram os deuses a pesar o seu coração para saber se foi bom durante a sua vida.
A múmia era levada para o túmulo num trenó que parecia um barco. A família pagava a mulheres, todas vestidas de igual, para chorar no funeral.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Idade Média:A vida quotidiana nos Concelhos

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

A vida quotidiana nos Concelhos

« um dos aspectos essenciais do grande progresso do ocidente após o ano mil, é o desenvolvimento urbano, que atinge o seu apogeu no século XIII. A cidade modifica o homem medieval. (…)a cidade é também aglomeração. É, sobretudo, um centro económico. O seu coração é o mercado. A população urbana é um conjunto de células restritas (…)

Na cidade, está-se sobretudo entre amigos e vizinhos. O citadino está inserido na vida do bairro, do quarteirão, da rua. Os locais de convívio são numerosos: a taberna, o cemitério, a praceta e, para as mulheres, os poços, o forno, o lavadouro.»

Jacques Le Goff, O Homem Medieval

Lisboa, Editorial Presença, 1989, p. 19.

Na base da criação dos Concelhos estiveram questões exclusivamente militares, como tal, eram inicialmente espaços fortificados em locais vulneráveis a ataques inimigos. O Senhor concedia Concelhos através da Carta de Foral (documento que definia os direitos e obrigações dos seus habitantes).

A partir do século XI, a renovação comercial abriu as portas dos Concelhos à realização de feiras. Na maior parte das vezes, a realização das feiras coincidiam com os festejos de um Santo padroeiro e como tal, constituíam um momento ansiado por todos, não só para desenvolver a actividade comercial, como também era uma ocasião de divertimento. A ela acorriam mercadores (uns de perto, outros vindo de paragens mais longínquas), saltimbancos, jograis, etc…

Com o desenvolvimento comercial e económico os Concelhos urbanos eram agora apelidados de burgos, os quais tinham autonomia suficiente para se governarem a si mesmos, tanto do ponto de vista legislativo, como fiscal.

Os habitantes dos burgos – os burgueses - estavam agora libertos do domínio e poder senhoriais, e protegiam-se económica e socialmente através do corporativismo.

Contudo, o crescimento desordenado dos Concelhos punha a descoberto as fragilidades do mundo medieval (a falta de água, de infra-estruturas, a promiscuidade entre os habitantes) e facilitavam a expansão rápida e mortífera de inúmeras pestilências, como a Peste Negra.

O crescimento físico e numérico dos Concelhos representou um desenvolvimento económico, cultural e artístico. No entanto, esse desenvolvimento era rudemente abalado em momentos de crise, como no século XIV, facto que travava o crescimento de uma Europa que estava dependente, conformada e aterrorizada com a vontade divina.


BIBLIOGRAFIA

Como se vivia na Idade Média, Colecção O Homem e a História Dossiers, Pergaminho, Lisboa, 2001.

História da Vida Privada. Da Europa Feudal ao Renascimento, direcção de Philippe Ariès e George Duby, vol. 2, Edições Afrontamento, Lisboa, 1990.

História de Portugal. A Monarquia Feudal. Direcção de José Mattoso, vol.II, Editorial estampa, Lisboa, 1993.

Memória de Portugal. O milénio português. direcção geral de Roberto Carneiro, coordenação científica de Artur Teodoro de Matos, Círculo de Leitores, Lisboa, 2001.

O Homem Medieval, direcção de Jacques le Goff, Editorial Presença, Lisboa, 1990.

BLOCH, Marc – A Sociedade Feudal , Edições 70, Lisboa, 1987.

DUBY, George – Ano 1000 ano 2000 no Rasto dos Nossos Medos, Teorema, Lisboa, 1997.

As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1982.

O Tempo das Catedrais, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1993.

Guerreiros e Camponeses – os primórdios do crescimento europeu (séc. VII-XII), Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1993.

LE GOFF, Jacques – A Civilização do Ocidente Medieval, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1997.



Idade Média: Concelhos

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Idade Média: A vida quotidiana nos Mosteiros

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

A vida quotidiana nos Mosteiros


“ (…) a vida interna do mosteiro e o seu papel assumem, em relação à sociedade, uma dimensão eminentemente de culto e de assistência e a parte reservada à liturgia no dia-a-dia monástico dilata-se (…) O próprio recrutamento monástico, que agora se realiza predominantemente (…) entre rapazes muito novos, encontra nos ofícios a sua motivação especificamente religiosa, porque a oferenda de um filho a um Deus (…) garante aos pais, de uma forma muito especial, uma presença amiga no «santo colégio» dos monges e, por conseguinte, uma relação privilegiada de oração e de sufrágios.”

Giovanni Miccoli , “Os Monges”,

in O Homem Medieval de Jacques Le Goff,

Lisboa, Editorial Presença, 1989, p. 45.

A Igreja Católica constituía o alicerce mais profundo e estável do mundo medieval (século V-XV).

Com uma organização própria (leis, bens e tributos) dirigia os desígnios dos Homens (ricos e pobres), uma vez que tinha um papel activo nas suas vidas. O baptismo, o casamento, o enterro, bem como as missas dominicais eram rituais religiosos que marcavam a vida quotidiana e terrena do Homem.

Seguir, os ensinamentos de Cristo, perspectivavam uma vida eterna celeste. Seria essa a recompensa pelos sacrifícios terrestres. Este princípio tornava a Igreja uma instituição com forte poder espiritual e também cultural.

A Igreja não fechara os olhos às dependências e hierarquias, antes pelo contrário. O Papa era visto como a mais alta individualidade da Igreja, uma vez que representava Cristo na Terra.

O clero subdividia-se então em clero regular e secular. Dadas as suas funções relacionadas com o culto religioso, seriam dos poucos que sabiam ler e escrever, como também estavam isentos do pagamento de qualquer tributo. Antes pelo contrário, recebiam inúmeros privilégios do Rei, como também variados benefícios materiais, muitos deles deixados em testamento pelos Senhores (leigos) que ansiavam, desta forma, alcançar mais rapidamente o Paraíso.

Desde cedo, formaram-se por toda a Europa importantes ordens religiosas, que obedeciam à “Regra” a que pertenciam. A ordem de Cluny e Cister foram as mais importantes e com maior projecção na altura.

Os monges que professavam a “Regra” , faziam votos de castidade e pobreza, para além de jurar obediência aos seus superiores. Antes de ingressar definitivamente na ordem religiosa, o monge era enviado para um Mosteiro, onde era “posto à prova”.

Os Mosteiros eram um centro de oração, de trabalho e cultura, administrados por um abade ou uma abadessa, caso se tratasse de um Convento.

Ao «instituir uma escola do Serviço do Senhor» (Regra de S. Bento), o Mosteiro tornar-se-ia num foco de espiritualidade, a partir do qual se proporcionava o desenvolvimento do ensino, especialmente das Universidades, e a produção manuscrita dos Textos Sagrados.

Durante a Idade Média, o livro era visto como um tesouro, quer pela sua raridade, quer pelos materiais utilizados na sua concepção, como também pela própria mensagem que continha. Eram profusamente decorados com coloridas e muito pedagógicas iluminuras, que ilustravam o texto escrito. O livro, enquanto instrumento doutrinal, de oração, ou de poder (para quem o possuía) estava ao dispor de uma parte ínfima da sociedade.

Paralelamente, o Mosteiro era um ponto de passagem de muitos peregrinos que, num acto de penitência para se punir dos pecados ou para pedir /pagar uma graça percorriam (a pé) longas distâncias por toda a Europa até chegarem a um dos mais importantes centros de peregrinação da Europa medieval – Santiago de Compostela. Eram nos Mosteiros que o peregrino ou o conjunto de peregrinos podiam encontrar assistência aos males do corpo e do espírito (banhos, comida, cuidados médicos, assistência a moribundos).

Ao longo da peregrinação, as igrejas ou Sés eram pontos de paragem obrigatória, onde o peregrino venerava as relíquias de um Santo, ao mesmo tempo que tinham “lições” de catequese e doutrina cristã através das esculturas, vitrais, frescos, retábulos, tímpanos, gárgulas, que proliferam pela casa de Deus. O medo do inferno e a esperança de uma vida eterna guiavam o peregrino, numa atitude de penitência, que deveria ser permanente, ao longo de toda a sua vida.

Neste sentido, o Mosteiro «…é uma cidade santa», pura de pecado e por isso, uma antevisão terrena do Paraíso.


BIBLIOGRAFIA

As Cruzadas, Colecção O Homem e a História Dossiers, Pergaminho, Lisboa, 2001.

Como se vivia na Idade Média, Colecção O Homem e a História Dossiers, Pergaminho, Lisboa, 2001.

História da Vida Privada. Da Europa Feudal ao Renascimento, direcção de Philippe Ariès e George Duby, vol. 2, Edições Afrontamento, Lisboa, 1990.

História de Portugal. A Monarquia Feudal. Direcção de José Mattoso, vol.II, Editorial estampa, Lisboa, 1993.

Memória de Portugal. O milénio português. direcção geral de Roberto Carneiro, coordenação científica de Artur Teodoro de Matos, Círculo de Leitores, Lisboa, 2001.

O Homem Medieval, direcção de Jacques le Goff, Editorial Presença, Lisboa, 1990.

BLOCH, Marc – A Sociedade Feudal , Edições 70, Lisboa, 1987.

DUBY, George – Ano 1000 ano 2000 no Rasto dos Nossos Medos, Teorema, Lisboa, 1997.

As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1982.

O Tempo das Catedrais, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1993.

Guerreiros e Camponeses – os primórdios do crescimento europeu (séc. VII-XII), Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1993.

LE GOFF, Jacques – A Civilização do Ocidente Medieval, Colecção Nova História, Editorial Estampa, Lisboa, 1997.

Jacques Le Goff, O Homem Medieval, Editorial Presença, Lisboa, 1990, pág. 16.


Idade Média: Mosteiros

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